06:38
17/10/2025
Menu Principal

Acordo entre Israel e Hamas abre caminho para a conquista mais importante da carreira de Trump

Atualizado 15/10/2025 13:47
Fonte: G1
Internacional
Acordo entre Israel e Hamas abre caminho para a conquista mais importante da carreira de Trump

A pressa de Donald Trump em anunciar nesta quarta-feira um acordo entre Israel e Hamastraduzia a relevância do tema para o presidente americano, que almeja fixar definitivamente o rótulo de pacifista ao seu nome.

Com a primeira fase de do plano concluída, Trump caminha para alcançar o trunfo mais importante de sua carreira como chefe de Estado, e ele deve capitalizar o retorno dos reféns vivos com uma visita nos próximos dias a Jerusalém.

As condições para a paz na região ainda são nebulosas, mas o que foi obtido agora é muito significativo e pode ser atribuído ao presidente americano. Por telefone, Trump comemorou a conquista com parentes de reféns sequestrados, ouviu deles elogios à sua atuação para trazê-los de volta, nunca pronunciados a Benjamin Netanyahu.

Ele conseguiu a façanha de empurrar o plano desenhado pelos EUA goela abaixo do primeiro-ministro israelense, obrigando-o inclusive a pedir desculpas ao emir do Catar pelo ataque realizado em Doha no mês passado. Não satisfeito, como uma espécie de punição a Netanyahu, divulgou as fotos da ligação em Washington.

O bombardeio de escritórios do Hamas em território catari foi a gota d’água que fez transbordar a impaciência de Trump com a insistência de Israel em bombardear Gaza. O Catar é um aliado estratégico de seu governo na região, e Netanyahu passou a se posicionar como um obstáculo.

Sob pressão, o premiê não teve outra alternativa ao constatar que segurar-se no presidente americano ainda seria a sua melhor opção. O gabinete israelense se reúne nesta tarde para aprovar a primeira fase do acordo. De antemão, terá a resistência dos ministros da extrema direita, que ameaçam abandonar o governo.

A primeira fase do plano de Trump inclui a devolução de todos os reféns em troca da libertação dos palestinos e um recuo das tropas israelenses. Em sua essência, não difere dos outros acordos de cessar-fogo nos últimos dois anos, que se mostraram ineficazes.

Para o presidente americano, contudo, é bastante representativo, por ter conseguido imprimir nele a sua marca pessoal. E, simbolicamente, foi divulgado às pressas na antevéspera do anúncio do Prêmio Nobel da Paz, ao qual, embora com chances remotas, foi indicado pelo próprio Netanyahu.

Mais de Política
Ver todas
Este site é protegido pela Cloudflare

Política de Privacidade e Termos de serviço são aplicados.

Desenvolvido por:
c2 tenologia web